As obras de Dança-Teatro de Pina Bausch caracterizam-se pela desobediência às fórmulas polidas e previsíveis. Os marcos, os roteiros obrigatórios estão lá, mas o mundo representado compreende o mergulho no tempo-espaço que ficou registrado nos corpos de seus atores-bailarinos. A análise de seu único filme, O Lamento da Imperatriz, aponta para o personagem-cidade, que está lá, com suas pedras, ruas e bosques, e o sujeito incerto que figura nessa geografia pessoal. Porém, entendendo-se a simbologia da cidade como universal, por analogia, temos o sujeito contemporâneo perdido, feito de traços e pedaços, na busca incessante da felicidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário